terça-feira, 11 de novembro de 2008

E DEPOIS DESTA CRISE?

A crise do sistema capitalista, na sua versão financeira, está a mostrar as máscaras de alguns actores sobretudo estrangeiros, mas também nacionais.
É o caso de Sarkozy, que se desdobra em iniciativas, cada qual a mais vistosa e ineficaz, que revelam uma sede de protagonismo tal que a UE, e em especial o seu presidente, Durão Barroso, foi remetida para segundo plano. Aliás, não é só Durão Barroso que é desconsiderado. Também a ideia de uma Europa coesa e unida está em causa, com cada estado membro a procurar resolver os seus problemas marimbando-se para os dos outros.
Entre nós também alguns foram ao baú de recordações buscar conceitos, ideias e palavras que tinham metido na gaveta. Caso de Mário Soares, por exemplo, antigo combatente pelo socialismo de rosto humano, ante-câmara do neoliberalismo que invadiu o PS atingindo os seus centros nevrálgicos, e de José Sócrates, que saindo da amnésia que o atacou, renasce como paladino de um capitalismo de rosto humano.
Numa coisa todos esses personagens convergem: é preciso mudar alguma coisa no capitalismo, para que o capitalismo sobreviva.

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