quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O TAL RELATÓRIO DA OCDE

José Sócrates, o PS não se contiveram e falaram, falaram e falaram sobre as bem-aventuranças que um relatório da OCDE derrama sobre as ditas reformas da Educação.
Na esteira do primeiro-ministro alguns apóstolos fustigaram todos os que na comunicação social e na blogosfera se "esqueceram" de fazer coro com as louvações.
Esqueceram-se de pedir desculpa: é que não houve nem há relatório nenhum da OCDE sobre Educação recente. O que há e serviu de pretexto à ladainha oficial é um estudo encomendado e pago pelo Governo a uma empresa internacional. É preciso muita lata...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

REFORMAS E FACTOR DE SUSTENTABILDADE

Pela comunicação social soube-se que os portugueses que este ano se reformem ou trabalham mais dois meses para não perderem o direito à reforma completa ou os magros euros a que têm direito depois de uma vida inteira de trabalho e de descontos são menos do que eram antes. É o efeito do chamado factor de sustentabilidade associado à esperança de vida introduzido no cálculo das pensões e reformas por este governo do PS. Quanto maior for a esperança de vida menor é a reforma ou mais se desconta.
Pela mesma comunicação social soube-se que um destacado dirigente nacional do PS que transitou da administração da Caixa Geral de Depósitos para a administração do Millennium foi promovido na CGD depois de a ter trocado pelo novo cargo. Logo se ouviu a indignação à qual alguém respondeu que tal anomalia só vai ter efeitos na reforma futura do ex-ministro e que além disso é de algumas, poucas, dezenas de euros por mês.
Moral da história: a uns, os de mais baixas reformas, tudo serve para cortar; a outros, os com reformas mais folgadas, às vezes escandalosas, tudo serve para as engordar.
Como se isto fosse coisa pouca, alguém mandou dizer que não se percebia o coro dos indignados porque em causa estavam cerca de 70 euros por mês. Esta gente não entende que a questão não é de quantidade mas de ética e de justiça social?

FOI ONTEM

Foi ontem que durante o debate quinzenal na Assembleia da República uma deputada confrontou o primeiro-ministro com o facto de um organismo tutelado pelo Ministério do Trabalho, o IEFP, submeter candidatos a uma prova baseada num discurso de José Sócrates.
Saindo em defesa do seu líder partidário e governamental o ministro Santos Silva sacou de documento comprovativo de que o CDS fez o mesmo ou parecido quando era ministro do Trabalho Bagão Félix.
A cena é uma repetição. Não é a primeira nem a segunda nem a terceira vez que o PS pretende defender-se da crítica e da argumentação alheia trazendo à liça casos perversos praticados ou pelo PSD ou CDS. Como se uma asneira se corrigisse com outra asneira. Como se fosse argumento aceitável cometer o mesmo erro que antes se criticou aos outros. Esta gente que se apoderou do PS não tem recuperação.