Há 10 anos, viaja eu de carro com amigos para um jantar no Vítor, de Vila de Rei, um outro amigo que noutro carro viajava para o mesmo restaurante telefonou-me e disse: morreu o Luís Sá. Ouvi agora no rádio, acrescentou.
Fiquei aturdido. Nem sei se não compreendi porque dentro do carro viajava uma alegre, descontraída e banal conversa, ou se a realidade era tão incompreensível que me custava admitir a verdade. Mais tarde, chegado ao restaurante, a realidade impôs-se. Um terceiro comensal também ouvira a má notícia.
Hoje, 10 anos depois, lembro aquele homem bom, aquele camarada vertical com quem muitas vezes falei sobre o Poder Local e outras coisas, aquele cidadão íntegro dilacerado pelo que então se vivia dentro do nosso partido comum e que o deixavam triste. A noite ficou estragada, apesar do conforto dos amigos de repasto e treta.
Até um dia, Luís.
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