quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

REFORMAS E FACTOR DE SUSTENTABILDADE

Pela comunicação social soube-se que os portugueses que este ano se reformem ou trabalham mais dois meses para não perderem o direito à reforma completa ou os magros euros a que têm direito depois de uma vida inteira de trabalho e de descontos são menos do que eram antes. É o efeito do chamado factor de sustentabilidade associado à esperança de vida introduzido no cálculo das pensões e reformas por este governo do PS. Quanto maior for a esperança de vida menor é a reforma ou mais se desconta.
Pela mesma comunicação social soube-se que um destacado dirigente nacional do PS que transitou da administração da Caixa Geral de Depósitos para a administração do Millennium foi promovido na CGD depois de a ter trocado pelo novo cargo. Logo se ouviu a indignação à qual alguém respondeu que tal anomalia só vai ter efeitos na reforma futura do ex-ministro e que além disso é de algumas, poucas, dezenas de euros por mês.
Moral da história: a uns, os de mais baixas reformas, tudo serve para cortar; a outros, os com reformas mais folgadas, às vezes escandalosas, tudo serve para as engordar.
Como se isto fosse coisa pouca, alguém mandou dizer que não se percebia o coro dos indignados porque em causa estavam cerca de 70 euros por mês. Esta gente não entende que a questão não é de quantidade mas de ética e de justiça social?

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