quinta-feira, 10 de abril de 2008

BANCARROTA

Era o verão quente. Vasco Gonçalves era primeiro-ministro. Uma representação do FMI veio a Portugal avaliar a situação da economia e pariu um relatório no qual propunha ao Banco de Portugal a venda de ouro para equilibrar as finanças públicas. Caiu literalmente o Carmo e a Trindade, com muitos a anunciar a bancarrota que não houve e a chorar pelo nosso rico ourinho.
Diz o "Expresso" de 23 de Fevereiro de 2008 que "entre 2002 e 2006, o Banco de Portugal alienou ouro que se fosse hoje renderia mais 1800 milhões de euros" Foram 225 toneladas que Vítor Constâncio, economista de enorme competência, vendeu e ninguém lhe chama louco, e ninguém escreve nos jornais dizendo que o país está à beira da bancarrota e ninguém chora pelo ourinho que se foi. Ha coisas que só são más se são os outros a fazê-las.

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