quinta-feira, 10 de abril de 2008

BANCARROTA

Era o verão quente. Vasco Gonçalves era primeiro-ministro. Uma representação do FMI veio a Portugal avaliar a situação da economia e pariu um relatório no qual propunha ao Banco de Portugal a venda de ouro para equilibrar as finanças públicas. Caiu literalmente o Carmo e a Trindade, com muitos a anunciar a bancarrota que não houve e a chorar pelo nosso rico ourinho.
Diz o "Expresso" de 23 de Fevereiro de 2008 que "entre 2002 e 2006, o Banco de Portugal alienou ouro que se fosse hoje renderia mais 1800 milhões de euros" Foram 225 toneladas que Vítor Constâncio, economista de enorme competência, vendeu e ninguém lhe chama louco, e ninguém escreve nos jornais dizendo que o país está à beira da bancarrota e ninguém chora pelo ourinho que se foi. Ha coisas que só são más se são os outros a fazê-las.

terça-feira, 8 de abril de 2008

AS ÁRVORES E OS FRUTOS

De acordo com dados muito frescos, 66% das mulheres e homens que beneficiam do Rendimento Social de Inserção trabalham e ganham um salário. São gente cujo salário não chega para sustentar o agregado familiar. Na contabilidade do PS constam na conta "danos colaterais".

quarta-feira, 2 de abril de 2008

DESIGUALDADES

No ano que passou a taxa efectiva de irc paga pelos bancos foi de 13,6%, bastante menos do que pagam a indústria e o comércio e serviços , 20%. Também por aqui se vê o país desigual que somos - generoso para poucos, somítico para a maioria. O Governo olha para o lado e deixa andar: os amigos são para as ocasiões.

terça-feira, 1 de abril de 2008

INE

Finalmente, o Instituto Nacional de Estatística divulgou os resultados do inquérito às despesas das famílias, relativo ao ano de 2005. Digo finalmente, porque a divulgação já devia ter sido feita d acordo com as regras estabelecidas. Mas vale mais tarde do que nunca e agora já não é segredo para ninguém o facto de a taxa de inflação que nos têm impingido - e serve de bitola para muita coisa, desde aumentos salariais às pensões de reforma - estar completamente desfasada. Obviamente, alguém ganhou e muitos perderam com este atraso. Perderam os de sempre e ganharam os do costume.

100.000 ou 20.000?

No seu blogue "Causa Nossa" Vital Moreira pretende gracejar sobre o abaixo-assinado dos professores, tentando ridicularizar o facto de apenas ser assinado por 20.000 deles, quando na sua marcha da indignação participaram 100.000. VM, que se tem esmerado como teórico do socratismo, brinca com coisas sérias com o ar mais ingénuo deste mundo. E ele não é ingénuo. Por isso talvez seja de lhe responder à letra dizendo que os 20.000 que abaixo assinaram o tal documento foram os que não puderam participar na marcha por terem ficado retidos na auto-estrada pela zelosa brigada de trânsito...

Enganos

Resolvi começar no dia um de Abril, dito dia dos enganos ou das mentiras, podendo ter começado noutro dia qualquer. Mas este é tão bom com qualquer outro, por isso aqui estou sem máscara, capa, anonimato. Tal e qual julgo ser e como julgo ser visto.